
Secretaria de Saúde orienta usuários para facilitar o atendimento do Samu e combater trotes
24/09/2019
192 – este é um número que ajuda a salvar muitas vidas. Por meio desse telefone, o Samu (Serviço de atendimento Móvel de Urgência) é acionado para atender acidentes automobilísticos, quedas, atropelamentos e casos clínicos como infartos, avc (derrame) e convulsões. Com mais de 15 anos de atuação em Guarapuava, o serviço faz cerca de 3 mil atendimentos por mês. Mas para cumprir o objetivo de prestar um bom serviço, a colaboração do usuário é fundamental, principalmente nos casos de maior gravidade. “O adequado é que em qualquer situação de urgência, a pessoa possa relatar o que aconteceu, tentando manter-se calma e atenta, nos passando corretamente o endereço. Desde o recebimento do chamado até a chegada ao local, calculamos um tempo de resposta de 10 minutos. Assim, o serviço é rápido e mais eficiente, pois realizamos um atendimento pré-hospitalar”, declarou o enfermeiro e coordenador do Nep (Núcleo de Educação Permanente Samu), Franco Bittencourt.
Em Guarapuava, o atendimento é feito por três equipes. Duas correspondem ao suporte básico de vida, com técnico em enfermagem e um condutor, e a outra dá o suporte avançado de vida com a UTI móvel e uma equipe composta por enfermeiro, socorrista e um médico. Quando o serviço é acionado, o médico regular da base faz uma série de perguntas para o informante, todos os dados contribuem para que o especialista possa dar o melhor encaminhamento às situações e orientar, em alguns casos, eventuais primeiros cuidados e atitudes para diminuir os riscos de complicações. Essas informações ajudam a definir qual é a unidade correta a ser enviada para o atendimento. Após o diagnóstico, é enviada a que esteja mais próxima da vítima.
Embora seja possível identificar se a chamada não procede, há ligações em que as pessoas passam informações falsas e a equipe vai até o local. “Muitas pessoas não esperam a unidade chegar, ou pior, dão relatos falsos (trotes). Recebemos aproximadamente 120 trotes por mês. Isto dificulta a operação, pois deixamos de prestar serviços a quem realmente precisa”, afirmou o enfermeiro.
Além de atrapalhar o trabalho, a pessoa que passa trote pode ser punida no Paraná. A lei 15.107/12 prevê uma multa de R$ 135,78 para quem passar trotes a qualquer serviço de emergência. Após o registro de altos índices de relatos falsos, foi criado o projeto Samuzinho, que busca conscientizar as crianças sobre os serviços emergenciais e os problemas causados por trotes. “O projeto já orientou mais de 450 alunos, trabalhando com crianças da rede municipal e particular. A metodologia simples ensina como acionar o Samu e mostra os perigos de congestionar as linhas com testemunhos falsos”, destacou.
Orientação
Em caso de urgência, disque o número 192 e responda calmamente todas as perguntas do médico
Relate o ocorrido e forneça o endereço do local, dando um ponto de referência
É importante não se precipitar e apenas tomar alguma atitude depois de acionar o serviço com a orientação dos profissionais
Aguarde o Samu chegar e, preferencialmente, quando possível, uma pessoa deve aguardar em frente ao local e acenar para equipe
Publicada em: 24/09/2019