
Projeto Maria da Penha nas Escolas desenvolve oficinas com alunos do bairro Boqueirão
23/05/2019
“Maria da Penha era uma mulher muito sofredora, o marido tratava ela muito mal. Um dia, ela foi muito corajosa e procurou ajuda. E hoje temos a lei Maria da Penha”. As frases integram um material feito pelos alunos da Escola Hipólita Nunes de Oliveira, no bairro Boqueirão, durante ações do projeto Maria da Penha nas Escolas, da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. “Temos três etapas de atividades e uma delas é voltada aos alunos, o que nos permite trabalhar a prevenção junto com as crianças. É gratificante vê-las entendendo o que é o ciclo da violência contra a mulher e como elas são agentes de transformação na sociedade futura”, afirmou a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Priscila Schran.
Nesta etapa, o projeto conta com a parceria da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), por meio do projeto de extensão Florescer. A equipe da universidade é responsável por promover cinco oficinas com os alunos e debater questões ligadas a violência contra a mulher. “Em cada uma delas temos temáticas diferentes. Trabalhamos com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), com os conceitos de igualdade e equidade, mostrando porque precisamos juntos construir equidade entre meninos e meninas. Também entramos na Lei Maria da Penha, mostrando que ela é uma política pública que promove a equidade”, explicou a coordenadora geral do Florescer, Ariane Pereira.
Como ferramenta de transformação, os alunos desenvolvem produtos de mídia. “Trabalhamos os conceitos de educomunicação, ou seja, como as ferramentas da comunicação podem nos ajudar a expressar o que estamos sentindo, como nos ajudam a ter voz socialmente e que podemos exercer a cidadania através delas”, afirmou Ariane. São vídeos, fotos, desenhos e textos com relatos pessoais ou compartilhamento de aprendizado que os alunos deixam em seus materiais, sempre com a ajuda das integrantes do Florescer. “O Maria da Penha nas Escolas é a realização de um dos nossos sonhos porque permite trabalharmos essa mudança, desnaturalizarmos o machismo e as diferenças de gênero. Contamos com amplo apoio e incentivo do prefeito Cesar Filho nesse projeto, com uma compreensão plena sobre a importância do trabalho a longo prazo para transformarmos nossas relações e o cenário local no futuro”, concluiu Priscila.
Com os materiais prontos, alunos, professores, integrantes do projeto Florescer, do CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência) e das Secretarias de Políticas Públicas para as Mulheres e de Educação e Cultura devem participar de um novo encontro com apresentação dos produtos de comunicação feitos pelos alunos da Escola Hipólita Nunes de Oliveira, no cinema da Unicentro. A atividade ainda não tem data definida.
Publicado em: 23/05/2019