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Projeto “Emancipar” leva dignidade e respeito às mulheres vítimas de violência de Guarapuava  

08/05/2023

O Emancipar foi instituído pela lei nº 3.303/2022 e consiste na concessão de uma bolsa, no valor de R$ 600,00, para mulheres que passaram por abrigamento em decorrência de situação de violência e/ou estão em situação de risco de feminicídio.

 

Durante esta semana, a Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) de Guarapuava, por meio do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), fará a distribuição de kits alimentação e de higiene às beneficiárias do programa “Emancipar”.

 

A entrega é feita mensalmente e os donativos auxiliam mulheres vítimas de violência no município, conforme conta a secretária da Pasta, Priscila Schran.

 

“A equipe do CRAM, na sua habilidade de escutar ativamente as mulheres em situação de violência, criou o projeto Emancipar para trazer a possibilidade de as mulheres receberem uma bolsa financeira, além de kits de alimentação e de higiene neste processo de transição e de mudança de vida. Infelizmente, a violência contra a mulher é um ciclo que se repete, muitas vezes, devido à dependência financeira e alimentar, e é preciso que isto seja interrompido em algum momento. Com nosso trabalho, procuramos apoiar essas mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, além de promover a autonomia de que tanto precisam para entrar em uma nova fase da vida”, pontuou Priscila.

 

Conforme a diretora do CRAM, Thalyta Forquim Buco, o projeto tem por objetivo combater a violência contra as mulheres e promover a autonomia feminina nos mais diferentes âmbitos.

 

“O Emancipar foi instituído pela lei nº 3.303/2022 e consiste na concessão de uma bolsa, no valor de R$ 600,00, para mulheres que passaram por abrigamento em decorrência de situação de violência e/ou estão em situação de risco de feminicídio. Pode ser fornecido para mulheres que permanecem no município e para as que precisam se mudar para outras cidades, em razão de garantia de sua segurança. Para as que permanecem em Guarapuava, além do valor em dinheiro, é fornecido um kit de alimentação e de higiene pelo período em que está incluída no Programa. O benefício é fornecido por seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis”, detalhou Talyta.

 

O kit é composto por duas cestas de alimentos, uma caixa de leite longa vida e uma cesta com produtos de higiene. O programa tem a capacidade de atender até vinte mulheres em situação de vulnerabilidade durante o ano. Atualmente, oito mulheres fazem parte do “Emancipar” no município. Cinco delas moram em Guarapuava e outras três, vivem em outras cidades.

 

Além de ser beneficiada com os kits e com bolsa assistencial, a mulher que faz parte do Programa Emancipar, continua recebendo apoio do CRAM, como ajuda psicológica, assistência para os filhos e orientações jurídicas, por exemplo. “O ideal é que a mulher que faz parte do Projeto Emancipar continue o atendimento conosco, pois aqui, fazemos um plano individual de crescimento. Várias áreas são pensadas, como a inclusão dos filhos em CMEI e escolas, bem como, a transferência desses locais, quando necessário. Além disso, há abrangência na área da saúde, bem como, de trabalho e renda. A Secretaria da Mulher, por meio do CRAM, auxilia essas mulheres em todas as áreas. Tudo isso, é desenvolvido e trabalhado para que a mulher, de fato, tenha autonomia e veja sua vida transformada”, contou Talyta.

 

SOBRE O EMANCIPAR  

 

 

O “Projeto Emancipar”, de combate à violência contra a mulher e promoção da autonomia econômica, idealizado pela SPPM de Guarapuava, foi selecionado pelo Ministério Público do Trabalho para receber recursos do órgão no fim de 2021. Em fevereiro de 2022, houve a cerimônia de repasse de verbas e assinatura do termo de compromisso por parte do município. Na ocasião, o prefeito Celso Góes disse da importância do programa que disponibilizava o valor de R$ 130 mil e que foi implantado com a criação de uma lei específica para o uso da verba. Celso disse ainda, que o projeto da bolsa seria mantido pelo município mesmo depois que os recursos oferecidos pelo Ministério Público do Trabalho terminassem.

 

“O programa é uma necessidade que agora será suprida no município. Considero que este é o início de um grande trabalho em favor das mulheres de Guarapuava. Reitero que quando esses recursos do Ministério Público do Trabalho terminarem, o município manterá o Programa com recursos próprios, pois este trabalho não pode, de maneira nenhuma, ser interrompido. Parabenizo a todos que desenvolveram o projeto e espero que isso continue sempre com muito afinco, dedicação e esperança”, disse o prefeito na ocasião.