Live “nenhuma a menos” discute políticas públicas para as mulheres no Dia Estadual de Combate ao Feminicídio

23/07/2021

“As agressões no início eram verbais, morais, uma tentativa de posse sobre mim e logo iniciaram as agressões físicas, primeiro quebrou meu nariz. Até que houve a tentativa de feminicídio, foram três disparos contra mim”, relatou Débora Pinheiro que aos 20 anos de idade, foi vítima de tentativa de feminicídio. Os relatos do ocorrido, aconteceu durante a live alusiva ao 22 de Julho, Dia Estadual de Combate ao Feminicídio. 

De acordo com a presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Guarapuava, Ariane Pereira, que ministrou o evento. O relato sobre o ocorrido serve como alerta para a violência contra a mulher. Só em 2020 o Paraná registrou 73 mortes por feminicidio. “Registradas 73 mortes, porque algum homem achou que tinha direito, propriedade sobre a vida e sobre o corpo dessa mulher. Estamos aqui para falar sobre esse crime, o combate e a todas as formas de violência contra a mulher. Precisamos fazer memória e lembrar as mulheres que foram vítimas desse crime de ódio que é o feminicídio e prevenir para que outras mulheres não tenham as suas vidas interrompidas”, disse. 

Guarapuava possui hoje uma ampla rede de enfrentamento a violência, para dar suporte a mulheres vítimas de violência. Durante a live, os órgãos responsáveis por políticas públicas para as Mulheres, puderam apresentar o seu trabalho e de que forma podem auxiliar a mulher em casos de violência. “ Nossa atuação tem sido eficiente e fundamental na vida de muitas mulheres. Com estratégias e troca de informações para que possamos dar suporte e também prevenir possíveis violências”, destacou a advogados do Centro de Referência ao Atendimento à Mulher,  Aline Camargo.

“No CRAM, nós atendemos qualquer tipo de violência contra as mulheres. Oferecendo o amparo,  apoio psicológico, jurídico e todo o suporte necessário para que a mulher compreenda a situação em que está inserida, podendo romper o ciclo de agressão e recomeçar”, completou, a psicóloga do CRAM, Thatiany Tonatto. 

A procuradora da Mulher da Câmara Municipal, Bruna Spitzner destacou o papel da procuradoria no auxílio a mulheres. “Além de implementar políticas públicas, fiscalizar e promover novas leis, garantindo o espaço de debates para pautas voltadas a mulheres. Também realizamos o acolhimento de mulheres vítimas de violência, fazemos o primeiro atendimento e encaminhamos para outros órgãos, para que essa mulher tenha todo suporte necessário e não seja mais uma vítima de feminicidio”, finalizou.  

Não seja vítima de violência, denuncie! 

Atendimento à Mulher:

Secretaria de Políticas Públicas para a Mulheres por meio do CRAM, com apoio social, psicológico e jurídico (42) 9 8405-6206 ou (42) 3622-1342. 

Procuradoria da Mulher de Guarapuava-WhatsApp (42) 3630-3843

Delegacia da Mulher- 190