
Escolas do campo associam ensino regular e atividades no contraturno
07/07/2015
Cultivar uma horta, produzir artesanato a partir de materiais reciclados, declamar poesias, tocar uma boa moda caipira, cantar e dançar. Essas são algumas das atividades realizadas por de 2 mil crianças de 11 escolas do campo de Guarapuava. As aulas são associadas ao dia a dia e à cultura do campo, assim a Secretaria de Educação e Cultura aproxima o aluno de sua realidade, enquanto desenvolve as disciplinas de base previstas no ensino regular.
Uma das instituições está no Distrito Guairacá. A Escola Municipal do Campo General Eurico Dutra tem 166 alunos matriculados em séries de 1º ao 5º ano. Com o intuito de desenvolver ações coletivas com a comunidade escolar qualificando o processo de ensino e aprendizagem, a unidade oferece e participa de projetos como o Programa Mais Educação, PIP (Programa de Intervenção Pedagógica) e auto-organização. “Na atual gestão, os nossos projetos ganharam impulso. Hoje o nosso ensino não deixa a desejar em nada a outras instituições”, ressalta a diretora Donizete Aparecida das Neves Stocki.
Segundo a coordenadora do programa Mais Educação, Adriana Ratuchenei, os alunos aproveitam todas as atividades no contraturno escolar. “Eles chegam empolgados para as aulas de artesanato, violão, canto, poesia, horta, entre outras. São atividades que ajudam a aumentar a concentração e habilidade das crianças”, destaca. A aluna do 5º ano, Daniela Aparecida Romão, 10 anos, diz que gosta muito das aulas de artesanato e violão. “Gosto de tudo o que eu aprendo nas aulas, principalmente da confecção dos pesos de portas, pulseiras e vidros decorados. Já as aulas de violão me deixam muito motivada, pois além de tocar a gente pode cantar também”, afirma.
Os pais de Santiago Almeida de Lima, 11 anos, são agricultores e sentem orgulho do que o filho aprende em sala de aula. “Em casa, temos uma horta e eu ajudo a cuidar. As aulas são muito legais e eu conto tudo para os meus pais”, explica o menino. Silvana Terezinha Protcz, moradora da localidade Morada Nova, elogia não só a qualidade do ensino, como também o transporte escolar. “Nossa residência fica a quatro quilômetros da escola e, todos os dias, o transporte passa para pegar e deixar meu filho, o que nos tranquiliza. E ainda tem essas aulas diferentes e de reforço. Isso é muito bom”, opina a agente comunitária de saúde.