
Como parte do Maria da Penha nas Escolas, projeto Florescer promove oficinas para alunos do Residencial 2000
30/11/2018
Prosseguem as ações do projeto Maria da Penha nas Escolas, desenvolvido pelas secretarias de Políticas Públicas para as Mulheres e de Educação e Cultura, CRAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), Defensoria Pública, projeto Restaurar (Campo Real) e Numape (Núcleo Maria da Penha). Os alunos do 3º ano da Escola Municipal Professora Luiza Pawlina do Amaral, no Residencial 2000, estão participando da terceira e última fase, que tem planejamento, organização e execução do Florescer – a Comunicação na efetivação de políticas públicas para mulheres, projeto de extensão da Unicentro apoiado pelo programa USF (Universidade Sem Fronteiras), da Seti (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná).
“Nós desenvolvemos as duas primeiras fases na escola, uma voltada para professoras e outra para os pais e mães. Agora o Florescer começou a desenvolver oficinas para os alunos. A Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava e o Florescer são parceiros desde 2016 e, pelo terceiro ano, fazemos atividades em conjunto. Para a secretaria é muito importante na medida em que as ações do projeto da Unicentro são sempre propostas a partir da escuta de quais são as demandas, as necessidades tanto da secretaria quanto da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência contra a Mulher”, afirmou a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Priscila Schran.
As oficinas com os estudantes já começaram. “Nossas ações estão todas ancoradas na educomunicação, uma área, relativamente recente, que busca trabalhar a comunicação no âmbito escolar, visando impulsionar a aprendizagem dos estudantes e, principalmente, possibilitar o reconhecimento deles de seu lugar de cidadão ativo da sociedade, na comunidade, com todos os direitos e os deveres que implicam o exercícios da cidadania”, especifica a coordenadora geral do Florescer, Ariane Pereira.
Na primeira oficina, no último dia 23, a equipe do Florescer propôs aos alunos um jogo em que as casas eram bambolês e em que eles avançavam por elas conforme respondiam questões que versavam sobre temas constituintes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). “As perguntas trataram, efetivamente, dos direitos e dos deveres das crianças – como acesso a saúde, a educação, ao brincar – e também da responsabilidade dos adultos para com elas”, explica a professora Renata Caleffi. “Além disso, como nos inserimos no Maria da Penha nas Escolas e nosso principal objetivo é o combate à violência contra a mulher, trabalhamos questões relacionadas à equidade entre homens e mulheres; ricos e pobres; brancos, negros e índios”, completou Ariane. Para finalizar, em dezembro, as crianças, com o apoio das integrantes do projeto, trabalharão no desenvolvimento de produtos educomunicativos.
“O Maria da Penha era um projeto piloto. Agora, pretendemos expandi-lo e aplicá-lo em outras escolas. Além disso, queremos que as instituições comecem a desenvolver atividades sobre o tema”, afirmou a psicóloga da Secretaria da Mulher e coordenadora do CRAM, Camila Grande da Silva.
* Com informações do projeto Florescer
Publicado em: 30/11/2018