Centro de Atendimento Educacional Especializado de Guarapuava é referência no Paraná
05/04/2023
Atualmente, 14 profissionais de diferentes áreas atuam junto ao CAEE de Guarapuava e 232 pacientes recebem atendimento individualizado. Em 2022, o local que fica anexo à Escola Municipal São José, passou por muitas reformas, modificações e adequações.
Criado em 1997, portanto, há 26 anos, o Centro de Atendimento Educacional Especializado Professora Albani Terezinha Alves (CAEE) de Guarapuava se torna a cada ano, uma referência e um setor de fundamental importância que oferece melhor qualidade de vida a crianças com deficiência física, cognitiva e intelectual. O atendimento é individual, inclusivo e visa integrar os alunos cada vez mais aos demais grupos nas escolas municipais onde estudam.
Em 2022, o local que fica anexo à Escola Municipal São José, passou por muitas reformas, modificações e adequações. A transformação teve o intuito de tornar a permanência dos profissionais e dos alunos naquele ambiente a melhor possível. A qualidade dos trabalhos foi elevada e, atualmente, a instituição é uma referência para todo o Estado. Representantes de municípios têm visitado o CAEE de Guarapuava, na tentativa de implantar sistema semelhante em suas cidades.
“O CAEE é uma referência para nossa cidade e para muitos outros municípios que se espelham no nosso atendimento e na maneira diferenciada de cuidar das crianças com deficiência. Há um ano, promovemos uma reforma total, resultando em melhorias significativas para aquele Centro de Atendimento Educacional Especializado. A instituição atua diretamente na vida de nossas crianças com deficiência. E sabemos que tanto os atendidos como os servidores desta unidade merecem um local de qualidade e que funcione plenamente. Esta é a política pública inclusiva que fazemos e vamos continuar desempenhando junto à nossa população. As famílias de Guarapuava merecem”, sublinhou o prefeito, Celso Góes.
REDE
O secretário de Educação do município, Pablo Almeida, pontuou sobre a importância do CAEE para as crianças e adolescentes de Guarapuava, uma vez que o atendimento especializado promove o desenvolvimento individual do aluno, instigando seu potencial na transposição de barreiras. Ele pontua ainda, que com a pandemia de COVID-19, houve e a necessidade de isolamento e, por isso, a estruturação da educação em todos os âmbitos foi necessária, principalmente na promoção de um novo olhar para o trabalho docente.
“O CAEE é um centro muito importante para nossa rede de ensino. No contraturno escolar, ele desenvolve, por meio de uma equipe multidisciplinar e multiprofissional, a melhoria em diversos aspectos inerentes às questões cognitivas, pedagógicas e físicas das crianças. Lá, nós temos o apoio de assistente social, de fonoaudiólogos, e fisioterapeutas, além de psicopedagogos e psicólogos que somam para o desenvolvimento deste trabalho com as crianças. Na gestão do prefeito Celso, nós aumentamos o número de todos esses profissionais, nessa disponibilidade da comunidade educacional. Hoje, criamos um protocolo exclusivo para que este fluxo possa ser melhorado não só na quantidade, mas em especial, na qualidade de atendimento. Estamos muito felizes com os resultados. Atualmente, conseguimos perceber a evolução que o CAEE teve nos últimos dois anos e este sucesso tem sido tão grande que tem chamado a atenção de outros municípios que mandam suas equipes para Guarapuava, para que conheçam o que está sendo feito aqui”, explicou Pablo.
O secretário de Educação destacou ainda, que a intenção, juntamente com o prefeito, para os próximos anos, é a ampliação do projeto para mais uma unidade. “Ainda estamos em processo de planejamento, pois se trata de um trabalho bastante complexo e que exige muito estudo. Mas nosso desejo é o de que tenhamos mais um polo do CAEE em Guarapuava, com capacidade igual ou superior ao que nós temos. Considerando que, ao longo dos anos, isto com base em pesquisas e estatísticas, o número de crianças com a necessidade de atendimento especial e especializado vem aumentando. Por isso, eu reitero que é uma alegria para nós, enquanto membros da Secretaria de Educação, prestar atendimento a essas crianças e suas famílias e poder observar o quanto evoluímos em quantidade e qualidade. Digo também, que tudo isso só é possível porque temos neste local, profissionais dedicados e apaixonados por cuidar das crianças com deficiência do nosso município”, concluiu Pablo.
COORDENAÇÃO
A coordenadora da instituição, Tatieli Aparecida Zevikóski, falou das atividades diárias desenvolvidas no CAEE e sua importância para a sociedade.
“Atendemos aqui, prioritariamente, crianças com deficiência e que estudam na rede municipal de ensino. Porém, há casos em que a criança não tem uma deficiência propriamente dita, mas uma dificuldade de fala, por exemplo. Com isso, ela passa por aqui para uma avaliação, para depois, ser conduzida para os profissionais adequados àquela situação. Houve um aumento significativo no número de alunos atendidos. Em 2020, atendíamos na rede, cerca de 390 alunos diagnosticados com deficiência. Hoje, este número chega perto de mil (alunos atendidos). Em três anos, conseguimos triplicar o número desses alunos que são diagnosticados oficialmente com alguma deficiência ou transtorno. Por isso, eu digo que precisamos ter um olhar muito mais direcionado a esta questão”, ressaltou Tatieli.
PROPÓSITO
Desde sua fundação, o CAEE passou por muitas mudanças pontuais, sendo que a última em 2021, foi uma verdadeira reforma estrutural, conforme evidenciou a coordenadora. “Em 2021, o CAEE passou por uma reforma estrutural no espaço, pois o ambiente era totalmente diferente. Recentemente, em maio de 2022, foram realizadas reformulações no nosso quadro profissional, bem como no formato e organização dos atendimentos. Foram várias etapas aqui no Centro. A partir de então, estabelecemos, no ano passado, por meio de estudos com os técnicos, principalmente com os psicólogos e os psicopedagogos, um protocolo de avaliação. Este é um formato único em nossa região, pois nenhum outro município possui este sistema. Por isso, a avaliação psicoeducacional é muito específica, com um protocolo que não se encontra em outros municípios. Todo este trabalho foi publicado e oficializado”, detalhou a coordenadora.
Os encaminhamentos para tratamento no CAEE, são realizados pelas instituições de ensino do município, tanto por escolas, quanto por CMEI’s, uma vez que o Centro atende exclusivamente este público.
Nos últimos anos, houve aumento significativo em se tratando de atendimento no CAEE, segundo a coordenação. A alta procura, conforme Tatieli, é atribuída à qualidade dos serviços prestados e à dedicação dos profissionais que atuam nas escolas, uma vez que os encaminhamentos são feitos a partir das instituições ao detectarem alguma deficiência no aprendizado do aluno.
“Nos últimos anos, depois da reformulação, houve um grande aumento na procura por atendimento aqui no CAEE. Eu atribuo isso à qualidade do atendimento e à dedicação de cada profissional que trabalha aqui. Acredito que com as mudanças, muitas pessoas que não conheciam este trabalho, passaram a conhecer, resultando em uma maior procura”, disse Tatieli.
PROFISSIONAIS
Atualmente, 14 profissionais de diferentes áreas atuam junto ao CAEE de Guarapuava e 232 pacientes recebem atendimento individualizado. Há também serviço domiciliar pelo sistema itinerante, para crianças que estão com algum problema de saúde, como as que sofreram acidente ou passaram por cirurgia e, por isso, não podem frequentar a sala de aula por algum tempo. O local conta ainda, com os serviços de uma professora que visita as escolas do município onde há crianças matriculadas que falam espanhol e que vieram de outros Países para Guarapuava. Este trabalho é realizado junto aos professores do ensino regular, em uma verdadeira troca de experiência na assimilação dos dois idiomas. O gerenciamento de 20 linhas de transporte para alunos com deficiência, também é feito pelo CAEE. “Nestes casos, as pedagogas vão até as casas, uma vez por semana, e trabalham com as crianças que sofreram acidentes ou passaram por cirurgia e precisam ficar afastadas da escola por algum período. Outra situação, é em relação aos alunos de outros Países que falam espanhol. Eles recebem a visita da professora nas escolas onde estudam e lá, simultaneamente, é desenvolvida a aula de idioma junto com o professor responsável pela turma. Com isso, eles aprendem a língua portuguesa de uma forma tranquila, com o apoio de uma profissional experiente e qualificada. Além disso, fazemos o gerenciamento de 20 linhas de transporte para alunos do município que possuem algum tipo de deficiência. Neste caso, o trabalho é feito tanto para crianças que vão para o ensino regular, quanto para quem vem para o Centro”, concluiu a coordenadora.
SOBRE O CAEE
O Centro de Atendimento Educacional Especializado Professora Albani Terezinha Alves, atende alunos da rede municipal de ensino nas especialidades de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e assistência social desde 1997. O nome do espaço é uma homenagem à educadora, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido por ela na Escola Municipal São José, desde 1974. Terezinha lecionou de 1ª a 4ª série e, em 1988, foi eleita diretora da escola. Seu trabalho foi cercado de muita coragem e luta pela educação, segundo documentos da instituição.
DEMANDAS
Os atendimentos, geralmente, são das demandas vindas diretamente das unidades escolares. As professoras, pedagogas e diretoras solicitam serviços especializados ao CAEE que trabalha individualmente com cada criança.
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