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Atividades da campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência de gênero alcança centenas de pessoas

03/12/2014

Desde o dia 20 de novembro, o poder público e organizações promovem a campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência de gênero. A intensa programação abrange público de todas as atividades, com palestras, orientações, dia da beleza, sessão de cinema, instrução para o atendimento à mulher em situação de violência, entre outras importantes ações. “Dentro dos 16 dias não queremos apenas chamar a atenção da população. Queremos nos aproximar das mulheres, orientá-las sobre a violência, atingir suas famílias e principalmente capacitar os profissionais da nossa cidade para que atendam com acolhida e zelo as vítimas da violência”, destaca vice-prefeita e secretária de Políticas para as Mulheres, Eva Schran.

Para chamar a atenção de mais mulheres para a Campanha, foi organizado o dia da beleza feminina na Palmeirinha. “Viemos até a Palmeirinha para melhorar a autoestima das nossas mulheres, que, muitas vezes, não têm essa oportunidade, pois moram no interior. Este é um momento de reflexão sobre a importância de denunciar, pois estamos preocupados com a violência”, comenta a empresária Cleusa Meira, do Núcleo de Salão de Beleza e Estética da Acig, parceira da campanha. O evento contou com a contribuição dos alunos da escola Senap, que cortaram os cabelos gratuitamente.

A sessão de cinema com os alunos do 5º ano da Escola Total do Xarquinho também integrou a programação, além de uma conversa com a psicóloga do Centro de Nutrição Renascer, Patricia Borazo. Outro evento foi a instrução para o atendimento à mulher em situação de violência, voltada para os profissionais de saúde, educação e assistência social. Sob a orientação da tenente da Política Militar, Luci Belão, os participantes conheceram a importância da notificação compulsória, técnicas de escuta ativa, o papel de cada profissional no atendimento à mulher em situação de violência, sinais de alerta de agressões e a estrutura existente em Guarapuava.

A imprensa também foi envolvida na campanha. Foi realizada uma mesa redonda acerca da abordagem da mídia nos casos de violência contra a mulher. Pesquisa da Agência de Notícias dos Direitos da Infância, Instituto Patrícia Galvão e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República, mostra a grande incidência de notícias sobre a violência contra as mulheres em 2010, sendo que a maioria abordava a questão de maneira individualizada, com viés policial e sem a preocupação de informar sobre políticas públicas de enfrentamento à violência e as soluções do problema de maneira ampla. “Mesmo após a Lei Maria da Penha ter entrado em vigor, os veículos ainda têm dificuldades em tratar a violência contra as mulheres como um fenômeno complexo e multidimensional”, analisa Eva.

Diante desse cenário da imprensa nacional, os jornalistas de Guarapuava expuseram a linha editorial de seus veículos, bem como argumentaram sobre os enquadramentos dados nas reportagens produzidas sobre o tema. Como resultado da discussão, foi sugerida a criação de um Observatório da Imprensa sobre violência de gênero para monitorar os casos de desrespeito e desinformação sobre a violência contra a mulher. “Podemos fazer esse observatório em parceria com os acadêmicos de Jornalismo da Unicentro e monitorar, a princípio, os programas de rádio da cidade para perceber como a violência de gênero é retratada”, sugere o secretário de Comunicação Social, Marcio Fernandes. 

 

Programação:

03 dez (quarta) – Mesa redonda – Mulheres nas profissões: quebra de paradigmas

                Local: Auditório da Acig

            Horário: 19h30

 

04 dez (quinta) – Mesa redonda Violência obstétrica no parto

            Local: Plenário da Câmara de Vereadores

            Horário: 19h

 

05 dez (sexta) –  Super exposição de trabalhos dos colégios estaduais, escolas municipais, Cras e Creas sobre violência de gênero

              Local: Praça  9 dezembro

              Horário: 10h

Ação pelo fim da violência no namoro nos colégios estaduais Francisco Carneiro Martins, Manoel Ribas e Professor Amarílio