
Ação estimula população a refletir sobre os direitos das pessoas com deficiência
03/12/2015
Para conscientizar a população sobre igualdade, lei da acessibilidade e vagas preferenciais, além de mostrar aos guarapuavanos, que passavam pela Praça 9 de Dezembro, a importância da inclusão das pessoas com deficiência na vida em sociedade. Os profissionais da Secretaria de Assistência Social e entidades promoveram, nesta quinta-feira (03), ações em alusão ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, com panfletagem nas ruas e em lojas e atividades, interagindo com quem passava pelo calçadão. “Uma verdadeira conscientização da sociedade acontece quando há espaço de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade, a diferença na forma de comunicação e linguagem não pode ser um empecilho” apontou o diretor do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência e professor de Libras da UTFPR, José Carlos de Oliveira.
Os alunos da Apae, que participam do projeto Campeões da Vida, realizado em parceria com a Polícia Militar, fizeram a demonstração de alguns movimentos de artes marciais. Já a Apadevi, que trabalha a autonomia das pessoas com deficiência, apresentou uma ação de mobilidade para falar sobre cegueira. Durante a mobilização também teve a interpretação de música em libras, feita pela aluna do 4º ano do magistério do Colégio Visconde de Guarapuava, Jéssica Proche.
A estudante Maria Eduarda Dellê Caetano, do 9° ano do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, aceitou a experiência de usar uma venda e uma bengala e, com a ajuda de orientadoras, caminhou pelo Calçadão da XV de Novembro às cegas. “Meu avô era cego, por isso quis sentir como as pessoas que tem esta deficiência conseguem andar pela cidade. Me senti muito limitada e foi difícil andar quando havia algum obstáculo. As pessoas deviam se preocupar, principalmente, com os entulhos que deixam nas calçadas porque isso só piora a situação de uma pessoa que já tem dificuldades”, defende.
O grupo de teatro Luz, da Apadevi, também apresentou músicas e poemas, com mensagens como a deficiência da sociedade é não defender os direitos de todos. “A sociedade guarapuavana ainda tem muito que aprender sobre inclusão de pessoas deficientes, principalmente os empresários, como os lojistas, que não entendem que uma pessoa com deficiência também é uma consumidora igual às outras. Digo isso porque sabemos que, muitas vezes, os balconistas das lojas não estão preparados para nos atender, não respeitam a lei da acessibilidade ou ainda não oportunizam aos cegos uma vaga de trabalho”, comenta o diretor social da Apadevi, Anderson Alan dos Santos, que é deficiente visual.