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Com Feira Solidária, Prefeitura realiza troca de lixo por produtos da agricultura familiar

26/02/2015

No Xarquinho, Suderli Aparecida Pereira trocou 50 quilos de lixo por 10 quilos de alimentos produzidos por agricultores familiares. Ela levou para casa legumes, verduras, frutas, feijão, farinha de milho, pão, bolachas e outros produtos. Essa troca é possível, a partir de agora, através do programa Feira Solidária lançado pela Prefeitura de Guarapuava, nesta quinta-feira (26), em frente à escola Total. “A Secretaria de Agricultura garante a aquisição de produtos do campo por lixo que iria para os rios, córregos e galerias pluviais, assim protegemos o meio ambiente, contribuímos com a melhoria da renda das famílias do campo e ainda levamos alimentos frescos e saudáveis para a mesa dos guarapuavanos”, resume o prefeito Cesar Silvestri Filho, durante o lançamento que teve a presença de secretários municipais e vereadores.

O   programa, que tem a parceria das secretarias de Meio Ambiente e de Assistência Social, Carmug (Central de Associações Rurais de Guarapuava) e Reciclasol (Cooperativa de Operadores Ecológicos de Guarapuava),  tem 141 famílias inscritas, que vendem à Prefeitura de Guarapuava diversos produtos. A cada feira, a pessoa pode trocar cinco quilos de material reciclável por um quilo de alimento. “O programa será mantido com recursos municipais, num total de aproximadamente R$ 778 mil. Esse é o valor licitado para um ano de programa”, informa o secretário de Agricultura, Itacir Vezzaro.

A Feira Solidária será realizada no Adão Kaminski, Vila Karen, São José, Bonsucesso, Paz e Bem, Jardim das Américas, Colibri, Mansueto, Campo Velho, Boqueirão, Xarquinho, Feroz, Primavera, Planalto, Vila Bela, São Miguel e nos distritos da Palmeirinha e de Entre Rios. “Vamos, neste primeiro momento, realizar duas feiras por semana, quinta e sexta, com revezamento nos 8 bairros e dois distritos, porém moradores de todos os bairros podem participar. A feira acontecerá toda quinta-feira e sexta, conforme cronograma que será divulgado nesses locais”, especifica Vezzaro. “Pode-se trocar alimentos por tudo, menos sofá, roupa e pedra”.

A produtora rural Jaqueline Lopes, que mora com a família no Paiol de Telha, Distrito de Entre Rios, estava feliz em ver a grande fila que se formou para a troca de alimentos. “Há dois anos, tudo mudou. Antes a gente plantava, mas não sabia se ia vender. Hoje aumentaram as possibilidades de entrega, então a gente planta e sabe que vai vender”, conta ela, destacando que a renda da família cresceu 90% com a implantação das feiras do produtor e a entrega de produtos para a merenda escola municipal e estadual, além da parceria com a prefeitura na panificadora comunitária. Já a operadora ecológica Rosalina da Silva diz que já sabe o que fazer com os materiais que não tem valor comercial. “Vou trazer sempre na feira. Agora é bom para gente fazer a limpeza do pátio”, garante Rosalina.